quinta-feira, 23 de julho de 2009

Perfis Indispensáveis (Garota Índie)

“It must be the colors” Ola! Meu nome é Selene, igual ao da deusa grega, meus avós paternos eram japoneses, meu pai é arquiteto, minha mãe é filha de brasileiros mesmo, tenho 17 anos, peso 50 kg e sou Áries com ascendente Virgem e Lua em Aquário. “And the kids” Me ligo nessas coisas de horóscopo, astrologia e tal, gosto de astronomia também, adoro tocar violão, ir ao cinema ver filmes de romance e comer doce. Tenho 1,5 metros, sou espevitada, brincalhona, gosto de dançar, não tenho medo de cair no chão, minha voz e minha risada são engraçadas e me divirto pra caramba todos os dias! “That keep me alive” Bebo um pouco de vez em quando, mas só com amigos, não fumo, não curto drogas, não gosto de boates, não gosto de som muito alto, a não ser que seja Cat Power, não gosto de tirar notas baixas, gosto de explicar física e matemática e detesto ser taxada de CdF. “'Cause the music is boring me to death” Detesto celular, detesto quando o celular toca, detesto, detesto e detesto. “It must just be the colors” Minha mãe é taguatinguense, artista plástica, filha de pioneiros que vieram para o Planalto Central construir Brasília. “And the kids that keep me alive” Me amarro muito na história da minha família porque pra todo lado tem um rabo, uma ponta de fio de novelo que posso ir desenrolando. “'Cause I wanna go ride away” Só vi meu avô paterno uma vez e minha avó já tinha morrido nessa época. “To a January night” Eu era muito nova. Não me lembro. “Built a shack with an old friend” Me lembro que ele se chamava Takeshi e era agricultor e cultivava morangos na área rural de Brazlândia (lembro dele quando ouço aquela dos Beatles – a maior banda de todos os tempos). “He was someone I could learn from” Lá tem muitos japoneses. “Someone I could become” Meu pai não manteve o contato com eles. “Will you meet me down” Na verdade somos muito ocidentalizados, mas ele conhece a história da família todinha e tem gente que foi até samurai (iá!). Meus avós maternos vieram do ceará. Também não conheci minha avó, mas meu avó era um homem forte, trabalhador, paciente e com um sorriso sereno no rosto. “On a sandy beach” Morreu quando eu tinha 11 e demorei muito para entender. Foi o primeiro ente querido que perdi (digamos assim, conscientemente). “We can roll up our jeans” Tem fotos com Juscelino, sete filhos, tios legais, todos homens exceto minha mommy, primos gatos, foi neles que aprendi a beijar (Yes!), sou bochechuda, tenho olhos puxados (como era de se esperar), cabelo preto com mechas vermelhas na frente (não, não me arrependo de ser poser), e aprendi a viajar pra longe, curtir a cachoeira e transar tudo de uma só vez com meu urso amarelo que é meu primeiro namorado mesmo. “So the tide won't get us below the knees” Já beijei outros caras do ensino médio e espatifei meu coração mole no primeiro ano. “Yellow hair” O nojento é que coisas moles não quebram, então ficam cheias de sangue e amassadas, igual a um gatinho atropelado por um caminhão. “You are a funny bear” Se fosse duro, eu varria e jogava fora. Me amarro em Simpsons. “Yellow hair” Tem uma cena que a garota arranca o coração do Bart e joga na lixeira e diz: “você não precisa mais disso”. Ri horrores. “You are such a funny bear” Tenho um gato chamado Marco Antônio, me visto de um jeito que eu goste, e não me preocupo muito em ser brega ou cafona, mas não uso camisetas com mensagens rock’n roll (de poser já basta as mechas). “Slender fingers" Quem não gosta de Raul? Eu gosto (e de Velhas Virgens também). “Would hold me slender limbs would hold me” Adoro roxo, adoro preto, adoro vermelho, adoro pedrinhas coloridas e artesanatos bacanas e quero fazer sociologia, ou antropologia, ou música, ou artes plásticas, ou letras, acho. “And you could say my name” Meu urso amarelo é grande, joga basquete, tem olhar engraçado, fala desajeitado e me carrega no colo toda vez que me encontra. “Like you knew my name” Não tenho medo. Na minha primeira vez estávamos acampados em um lugar chamado Macaquinho, na Chapada dos Veadeiros. Era noite, bebemos vinho, eu estava no início da menstruação, ficamos loucos ele subiu em cima de mim, me apertou no colchonete, me deixei levar, senti um pouco de dor e depois delirei e fui até as estrelas, onde haviam vários anjinhos sorridentes debruçados em nuvens que eram como janelas do paraíso (igual ao Homer quando dorme no volante – isso foi uma analogia ruim). “I could stay here” Sei que somos todos burros, não sabemos de nada e ainda vamos sofrer um bocado. “Become someone different” Eu vou, tu vais, ele vai, nós vamos, etc e etc... Não posso fazer muito a respeito. No geral me resigno e sou feliz. “I could stay here” Mas ler jornal as vezes me chateia muito (na internet, no papel ou na TV, tanto faz). “Become someone better” Fui presidente do comitê infantil taguatinguense de ajuda às vítimas do tsunami (chique!) e participei de três ONG’s com minha mãe, duas ambientais e uma contra a pobreza no Brasil e no mundo (naverdade não fiz muita coisa, só participei mesmo). “It's so hard to go in the city” Não tenho peitões americanos, bundinha de verão, pernas de Claudia Raia. “'Cause you wanna say hello to everybody” Não se iluda com as letras gentis e generosas. “It's so hard to go into the city” Sou pequenininha, feia, mas adoro depilar meus cambitos. Dei aula de geografia para crianças carentes e aprendi artes circenses com a molecada (foi meio que uma troca). “'Cause you wanna say hey I love you to everybody” Sei que toda a vida legal de classe média que levo é um frágil paradigma (adoro essa palavra), estou terminando de escrever uma poesia e vou me encontrar com o Ted-Bear daqui a pouco. “When we were teenagers we wanted to be the sky” Já mencionei que nos conhecemos de verdade no inglês? “Now all we wanna do is go to red places” Éramos da mesma turma na educação física e no inglês, mas eu sou uma negação em esportes e ele uma negação em inglês, e aí nos ajudamos mutuamente, descobrimos músicas e um monte de coisas em comum e incomuns, e pimba(!), era uma vez na América. “And try to stay outta hell” Vamos tocar violão, caminhar na Esplanada e dar uns amassos na Ermida Dom Bosco. “It must be the colors” Se você não é do DF, não faz idéia do que está perdendo. “And the kids” O fds promete e por hoje é só, pessoal! “That keep me alive” Beijos... “'Cause the music is boring me to death”

PS: Não esquecer de levar o gravador e o violão! “it must just be the colors”

(…) “And it must just be the kids”
“That keep me alive on this January night.”
“Yellow hair”
“You are a funny bear”
“Yellow hair”
“You are such a funny bear” (!)

Selene Arruda Myura =P

*Colors And The Kids (Cat Power)

8 comentários:

  1. Cara, você é um dos meus favoritos. Muito foda.

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  2. voltei! to com 2 blogs... a evolução d barrakinha, ja que ganhei o mundo e um projeto da pós...

    visita lá: umafilhadapauta.blogspot.com

    beeeijos

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  3. tem coisas que dizem mais dele do que sobre ela.

    bacana, mas a propaganda foi enganosa... ou ainda nao sei ler você.

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  4. ps.: não gosto de falar!
    kkkk imaginei a tal Selena se apresentando pessoalmente para alguém!
    Esse aí foi muitíssimo criativo eim amigo!!
    bjoss

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  5. voce precisa escrever com mais periodicidade, estou há mais de 15 dias sem ler nada seu. por favor escreve ai né!

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  6. uhuahuahuhauhauhauhauha

    rapaz\
    adorei
    massa demais

    (e naum eh soh pq eu adoro cat power)
    ihihihihihihihih

    num sei se o rafa (padawan) te falou mas a gente montou um blog tbm

    mesmo esquema
    escritos poesias e tudo mais

    Osuniversosparalelos blogspot e tals =D

    criticas e sugestões (principalmente de quem entende) sempre bem vindas =D

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  7. gostei do perfil da selene, estava só de passagem e li altas coisas deste blog... nice song da Cat Power...

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É isso aí, amigo, manda ver!