Desistência
Estou cansado dessa vida,
Cheia de desgraças alheias,
Dessa minh’alma puída,
Cheia de feridas feias.
Estou suado, estou sujo,
Sinto a raiva no meu estômago,
Meu coração caiu em desuso,
Sem direção vou caminhando.
Mas, assim, não vou desistir,
Não é de minha índole patética,
Minha ação será destruir,
Tudo o que chamo de estética.
E do meu governo destituir,
Aquilo que penso ser ética.
Metalingüística
As vezes não termino,
Minhas próprias poesias,
Ficam sozinhas sem um fim,
Em eternas romarias.
Quase nunca consigo,
Concluí-las com efeito,
E fico lendo e relendo,
Trocando os versos sem jeito.
Nem sempre consigo,
Completar um soneto,
As formas que instigo,
As palavras que prometo.
Sou meu próprio inimigo,
Na composição do texto.
quinta-feira, 24 de julho de 2008
Sonetos
Marcadores:
Poesia
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I - já teve a sensação de ter vivido algo muito grande e de repente voltar e perceber que ainda nem começou?
ResponderEliminarII - Começar do começo, para não virar um jogo eterno de rabiscos e rascunhos.
Gosto tanto disso, mas será que um dia terminará?
B, b.
gostei muito dos textos!
ResponderEliminarnao sabia q tb gosta d escrever!
=)
parabens por todos, sao muito bonitos!
bjs,
karol
Sinestésicamente, não. =)
ResponderEliminarPoisé, Karol. Esse sou eu.
ResponderEliminaradoro gatinhos, mas tenho alergia...
ResponderEliminaradoro sonetos, mas nunca escrevi nenhum!
A vida é engraçada...
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