quinta-feira, 24 de julho de 2008

Sonetos

Desistência
Estou cansado dessa vida,
Cheia de desgraças alheias,
Dessa minh’alma puída,
Cheia de feridas feias.

Estou suado, estou sujo,
Sinto a raiva no meu estômago,
Meu coração caiu em desuso,
Sem direção vou caminhando.

Mas, assim, não vou desistir,
Não é de minha índole patética,
Minha ação será destruir,

Tudo o que chamo de estética.
E do meu governo destituir,
Aquilo que penso ser ética.


Metalingüística
As vezes não termino,
Minhas próprias poesias,
Ficam sozinhas sem um fim,
Em eternas romarias.

Quase nunca consigo,
Concluí-las com efeito,
E fico lendo e relendo,
Trocando os versos sem jeito.

Nem sempre consigo,
Completar um soneto,
As formas que instigo,

As palavras que prometo.
Sou meu próprio inimigo,
Na composição do texto.

6 comentários:

  1. I - já teve a sensação de ter vivido algo muito grande e de repente voltar e perceber que ainda nem começou?

    II - Começar do começo, para não virar um jogo eterno de rabiscos e rascunhos.

    Gosto tanto disso, mas será que um dia terminará?

    B, b.

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  2. gostei muito dos textos!
    nao sabia q tb gosta d escrever!
    =)
    parabens por todos, sao muito bonitos!
    bjs,
    karol

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  3. adoro gatinhos, mas tenho alergia...

    adoro sonetos, mas nunca escrevi nenhum!

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É isso aí, amigo, manda ver!